Contexto Histórico

   Por volta de 1943, havia uma preocupação dos líderes norte-americanos, ingleses e soviéticos, grandes potências aliadas, de qual seria o destino do globo após o fim da Segunda Guerra Mundial. A partir disso, embora houvesse desconfiança recíproca entre essas potências, foram realizadas as conferências de Yalta e Potsdam.

    Com essas conferências foi resolvido que a Alemanha seria dividida em quatro zonas de influência (americana, inglesa, francesa e soviética), onde foram colocadas tropas de prontidão para evitar um fortuito novo conflito por parte da nação alemã.

   A partir daí, ficou estabelecido que a União Soviética exerceria controle sobre a Europa Ocidental. E notava-se a liderança dos Estados Unidos sobre as potências capitalistas ocidentais.

   Contudo, o socialismo da URSS estava avançando para o leste europeu. E para deter essa expansão, foi instituída em 1947, por Harry Truman, presidente dos Estados Unidos, a Doutrina Truman (ou doutrina de contenção), cessando-se a relativa afetividade entre EUA e URSS e iniciando oficialmente a Guerra Fria.

   Diante dessa conjuntura, o governo americano percebeu que para frear o avanço do socialismo seria primordial reerguer o capitalismo da Europa. Logo, foi elaborado um plano de recuperação para as nações europeias arruinadas na Segunda Guerra Mundial. Esse programa de financiamento, intitulado Plano Marshall, tinha a finalidade de consolidar o capitalismo na Europa Ocidental. Essa iniciativa americana uniu, estruturalmente, a Europa Ocidental aos EUA. Em contrapartida, a Europa Oriental incidiu sob a influência soviética.

   Em 1949, foi instituída pelos países soviéticos o Comecom ― Conselho de Assistência Econômica Mutua ―, o qual é a versão socialista do Plano Marshall e deliberou as normas do comércio internacional dos países socialistas.

   A constituição desses dois blocos antagônicos resultou, em 1949, na divisão do território da Alemanha em duas partes: capitalista e socialista.